Coroa de flores em memória dos piracicabanos falecidos em 32 é colocada em monumento
Ato marcou os 91 anos da Revolução Constitucionalista de 1932. Dezoito piracicabanos foram mortos em combate, segundo o IHGP
Membros do IHGP (Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba), da APL (Academia Piracicabana de Letras) representante da Polícia Militar e do Memorial Metropolitano de Piracicaba estiveram na manhã de domingo (9) no Monumento ao Voluntário de 32, na praça José Bonifácio para a colocação da coroa de flores em homenagem a memória dos piracicabanos falecidos na Revolução Constitucionalista de 1932.
Segundo o presidente do IHGP, Edson Rontani Jr. a chuva atrapalhou o momento simbólico da colocação da coroa de flores. “Ontem a noite começou uma chuva que ainda persiste neste 9 de julho, mas, mesmo assim, com muita dedicação no coração como piracicabano estivemos presentes no monumento ao soldado de 32, para fazer a colocação de uma coroa de flores que demonstra o pesar do piracicabano, com os soldados falecidos na Revolução de 1932, o objetivo é não deixar cair no esquecimento esta data, hoje se comemora os 91 anos da revolução, foram entre 600 e 2000 pessoas que de forma direita participaram da revolução, em Piracicaba tivemos 18 pessoas que faleceram em combate”, explicou.
Rontani também mencionou a questão da placa com os nomes dos soldados piracicabanos mortos em combate que foi furtada na semana que passou. “Nós tomamos conhecimento do furto as vésperas das comemorações do 9 de julho, existem várias placas no monumento, e uma delas trazia os nomes das pessoas que faleceram durante a revolução de 32, ou seja, são os piracicabanos falecidos no fronte de batalha, e essa placa foi furtada, isso é muito ruim, esse monumento foi concluído em 1938 pelo poder público em conjunto com a iniciativa privada, e uma das placas homenageava as pessoas falecidas, com o furto não temos mais estampadas os nomes desses voluntários que acabaram falecendo, esse furto acabe destroçando uma parte da história de Piracicaba”, salientou.
De acordo com Vitor Pires Vencovsky, presidente da APL, o que estamos vivendo hoje, tem a ver com o que foi feito no passado. “Quando estudamos história o que estamos vivendo hoje, reflete o que vivemos no passado, o mínimo que temos que fazer as esses combatentes que foram em 32 defender o Brasil é o reconhecimento, por que se eles não tivessem feito o que fizeram, provavelmente não estaríamos hoje na situação que nós estamos”, disse.
A vice-presidente do IHGP, Valdiza Maria Capranico ressaltou a importância de preservar a história. “Temos que preservar a nossa história com muito orgulho, e a chuva não foi o impedimento de estarmos na praça José Bonifácio, diante do monumento prestar essa homenagem aos combatentes de 32, os mortos em combates eram novos e nem por isso impediram deles lutarem por algo que acreditavam”, disse.
Ainda segundo o Vencovsky será feita uma nova placa com os nomes dos 18 combatentes mortos para ser reposta no lugar da placa furtada. “É o mínimo que podemos fazer, já estamos vendo uma forma de repor a placa furtada”, informou.
Os piracicabanos mortos em combate na Revolução de 1932: Alexandre Petta, Antônio de Barros, César Claudionor Barbieri, Ennes Silveira Mello, Francisco Honório de Souza, Jorge Jones, Jorge Zohlner, José Homero Roxo, José Soares, Louro de Barros Penteado, Natal Meira Barros, Prudente Meirelles de Moraes, Romário de Mello Nery, Sílvio Cervellini, Lamartine Mariano Leme, Plácido Barbosa, Virgílio Gomes e Walter Scaglione, Romário Nery, Francisco Souza, Sylvio Cervelini.
Estiveram presentes na colocação da coroa de flores no monumento da Revolução de 32, o presidente e a vice-presidente do IHGP, Edson Rontani Jr. e Valdiza Maria Capranico, o membro do IHGP, Paulo Tot, o presidente da APL, Vitor Pires Vencovsky, representando a Polícia Militar, o capitão Sol Reys e o representante do Memorial Metropolitano de Piracicaba, Marcelo Oliveira.
Fonte: Jornal de Piracicaba. Por Ronaldo Castilho | ronaldo.castilho@jpjornal.com.br